- 31/01/2022 |
- Blog, Gestão Escolar, Performance Pedagógica
O que é cultura maker e como aplicá-la na escola? Descubra aqui
Quem lida com a gestão de uma instituição de ensino precisa sempre estar atualizado sobre as metodologias de aprendizagem existentes, para considerá-las e tomar decisões sobre o que servirá melhor com base na intenção e nos objetivos da sua escola. Então, nesse sentido, conhecer a cultura maker é algo necessário, até porque é algo inovador e que está em alta.
Neste artigo, explicaremos o que é essa metodologia e o motivo de ela ser um diferencial para as escolas no tempo atual, destacando os benefícios que ela traz para o aluno. Além disso, no final do texto, daremos dicas de como aplicar essa cultura no dia a dia da escola. Não perca essa oportunidade de se informar para implantar melhorias na sua instituição. Acompanhe!
O que é cultura maker e qual sua importância?
Cultura maker é um conceito que pode ser visto como uma extensão “do it yourself”, que, em português, significa “faça você mesmo”.
Ela vem da noção de que todos os seres humanos são capazes de criar, produzir e reformar objetos ao “colocar a mão na massa”. Assim, ela pode ser associada ao construtivismo, que acredita que a aprendizagem funciona melhor quando essa ação prática e desafiadora é realizada.
Então, vale dizer que essa concepção também está relacionada com as metodologias ativas de ensino, sendo uma de suas vertentes. Isso porque, nela, o aluno é incentivado a ser o protagonista de seu aprendizado e desenvolvimento e, dessa forma, ao ser guiado e adquirir conhecimento, ele consegue certa independência para os próximos passos.
Sendo assim, vemos a importância dessa cultura para o aprendizado, o que nos leva ao próximo tópico, que aborda outras vantagens da metodologia.
Quais são as vantagens dessa cultura para os alunos e para a escola?
Agora que já apresentamos o conceito de cultura maker, vamos mostrar como essa metodologia de ensino pode ser benéfica para os seus alunos e também para a sua instituição.
O ensino tradicional, em que o professor é o único detentor de conhecimento e passa este para os alunos, pode não os envolver tanto, configurando uma forma de aprendizado passivo. Isso pode ser mais difícil de acontecer quando colocamos o estudante para realizar o que está sendo ensinado e ter suas ideias, já que um maior estímulo e uma maior troca de conhecimento são gerados, despertando:
- o interesse;
- o pensamento crítico;
- a curiosidade;
- a criatividade;
- a proatividade.
Podemos relacionar isso com uma questão defendida pela neurociência, que diz que o nosso cérebro assemelha um conhecimento a partir do momento em que ele passa a fazer sentido para nós, ou seja, a partir de quando entendemos para que ele servirá e como.
Essa visão por parte do aluno pode ser incentivada por meio de uma atividade prática. Ou seja, com a observação de problemas, o pensamento em potenciais resoluções, os testes, a análise de resultados para melhorá-los e, assim, a chegada do desfecho.
Outro ponto é que, dessa forma, as capacidades de liderança e comunicação são estimuladas, já que a cultura maker preza o trabalho em equipe e a troca de experiências. Isso faz a pessoa adquirir uma habilidade empreendedora.
Essas competências são bastante pedidas hoje em dia no mercado de trabalho, que deixou de priorizar o trabalho repetitivo das linhas de produção industrial e passou a procurar mais profissionais que saibam fazer as coisas acontecerem de uma forma criativa e inovadora.
Inclusive, essa é, ainda, uma vantagem para a escola, que ganhará ponto positivo com os responsáveis, pois eles saberão que a criança ou o adolescente estará em lugar onde um ensino que prepara para o mercado de trabalho é praticado. Isso ajuda na captação e retenção de alunos.
Sendo assim, a cultura maker nas escolas significa formar alunos mais preparados para o mundo, incentivando a autonomia deles nas tarefas e fazendo-os ir atrás de respostas, além de levar mais dinamismo à sua rotina. Além disso, a adesão dessa cultura na sua escola traz um diferencial para ela no mercado.
Como aplicar a cultura maker no dia a dia da escola?
Após saber sobre essa metodologia e sua importância, você deve estar se perguntando: como aplicá-la no cotidiano escolar? É o que mostraremos a seguir, destacando que existem as atividades que fazem o uso de tecnologia e outras que não a requerem. Confira!
Atividades com o uso de tecnologia
Começamos, então, com as aulas de informática. Nelas, podem ser utilizados diversos softwares que estimulam o estudante a criar, como os de desenho.
Para exercitar a autonomia do estudante, é possível usar esses programas para que o aluno crie modelos de objetos 3D, o que nos leva à prototipagem. Nela, os alunos constroem protótipos que podem ser feitos por meio de impressoras 3D, por exemplo. Essa prática mostra ao estudante que é possível criar objetos sozinho, sem precisar necessariamente comprá-los. Isso pode incentivar a proatividade, a criatividade e a coordenação motora fina ao montar as peças impressas, por exemplo.
Por fim, outra alternativa possível é usar o laboratório de robótica. Aqui, pode ser usada uma proposta de atividade que o aluno tem que resolver a partir de algum recurso robotizado. Porém, para fazer isso, a escola vai necessitar de uma infraestrutura um pouco mais trabalhada e um bom treinamento do professor responsável.
Atividades que não precisam de soluções tecnológicas
Uma atividade bem interessante é a criação de produtos ecológicos. Essa é uma opção que, além de exercitar a criatividade, informa os alunos sobre a questão da sustentabilidade. Podemos pensar nas aulas de química, em que é possível trabalhar com ingredientes naturais para criar produtos.
A criação de jogos é outra maneira que a escola tem para engajar os alunos, já que eles costumam despertar o interesse de pessoas de todas as idades. Dessa forma, eles servem para desafiar os estudantes, fazendo-os mostrar a criatividade na hora de pensar no que fazer e em como fazer, tornando, assim, o aprendizado mais divertido e dinâmico.
Por último, mas não menos importante, existe a possibilidade de fazer uma hortinha comunitária. Essa, talvez, seja a opção mais viável para todas as escolas. Isso porque é apenas necessário um jardim para realizá-la. A hortinha comunitária estimula a questão do cuidado e da responsabilidade, já que os alunos estarão encarregados das plantas.
Assim terminamos nosso artigo sobre a cultura maker. Agora, aos poucos, você já pode aplicar os conhecimentos adquiridos na sua escola, tornando a experiência de educação dos estudantes mais rica. Lembre-se de que essa metodologia não descarta a teoria, ela é importante, mas isoladamente pode não prender a atenção de determinados alunos, fazendo com que não assimilem os conhecimentos compartilhados em sala. Então, é importante aliá-la à prática para que os estudantes consigam absorver melhor o conteúdo das aulas.
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