Inspira Rede de Educadores adota mudanças em toda rede para reduzir impacto ambiental de suas unidades

Além de medidas para reduzir consumo de água e energia, projeto inédito envolve alunos de todo o país para estimular conscientização e engajamento

Com o objetivo de compartilhar seus últimos avanços na área ambiental e reforçar a pauta ESG no setor de educação, a Inspira Rede de Educadores , atualmente um dos três maiores grupos de educação do país, fez um balanço positivo do projeto Inspira pelo Futuro, implantado há cerca de três meses em toda a rede para promover práticas sustentáveis em suas escolas.

Medidas simples adotadas pelos colégios permitiram significativas economias de água e energia elétrica. Em apenas um trimestre foram trocadas mais de 40 mil lâmpadas fluorescentes por modelos de LED. A expectativa é gerar uma economia de 64% no consumo de energia elétrica por lâmpadas nas escolas.

A rede também optou pela eliminação do sistema de descarga de parede dos banheiros. O modelo está sendo substituído por caixas acopladas e mais de duas mil trocas já foram realizadas no período, o que representa uma economia de 80% de água utilizada nas descargas das unidades. Para completar as iniciativas voltadas à economia do recurso, a Inspira iniciou a troca de torneiras manuais de suas escolas e da sede por modelos automáticos. Ao todo, foram substituídas mais de 2.600 torneiras que vão gerar uma economia de 67% no consumo de água nas torneiras.

“É urgente desenvolver uma consciência tanto ambiental quanto social e como agentes transformadores da sociedade, escolas e grupos educacionais precisam ser protagonistas neste processo, pois são capazes de inspirar e disseminar conceitos de sustentabilidade para toda uma geração”, avalia André Aguiar, CEO da Inspira Rede de Educadores.

Consciência na sala de aula

A importância de preservar os recursos naturais também está sendo reforçada com os alunos da rede. Com 50 mil estudantes atendidos, a Inspira Rede de Educadores direcionou etapas do Projeto Inspira pelo Futuro para serem lideradas por seus estudantes.

Focado em alunos dos ensinos fundamental anos finais e médio, o projeto propõe a realização de estudos da água de forma coletiva, com o apoio das áreas do conhecimento como Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Língua Portuguesa.

Francisca Araújo, diretora das unidades Abel Cabral e Ponta Negra do Colégio Over, localizado em Natal (RN), relata que o colégio envolveu os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental Anos Finais ao 3º ano do Ensino Médio, em um projeto de Ciências que estabelece metas para os consumos de energia, água e material de limpeza. “O objetivo é reduzir o consumo de todos os itens em até 30%. Contamos com a ajuda do “Ministro da Economia”, eleito pela turma. É ele quem fiscaliza se a luz foi apagada, se o projetor e ar condicionado estão desligados e registra em uma planilha diariamente”, explica.

Se tudo for cumprido corretamente, a turma ganha três pontos na média. A proposta é manter os alunos engajados e conscientes da importância de economizar os recursos e todos têm se empenhado bastante, comemora a diretora.

Para Roberto Sérgio Barbosa Peixoto, professor de Matemática e de Tecnologias Educacionais do Complexo Educacional Contemporâneo, de Natal (RN), a nova era do Ensino exige que os alunos sejam cada vez mais provocados a apresentar soluções para problemas reais. Um dos projetos que está fazendo sucesso foi desenvolvido pelos alunos do ensino médio sob a provocação de Como Economizar Energia e Água na escola.

Com a aplicação de recursos da cultura maker, que estimula os chamados projetos mão na massa, os estudantes desenvolveram um sistema de irrigação exclusivo para manter a “rega” da horta em dia. O sistema usa um sensor de umidade que alerta quando o solo está seco. Ao identificar a falta de umidade, o arduíno é acionado, liberando a quantidade exata de água que a planta necessita e fechando o dispositivo quando necessário, o que evita desperdícios.

“Em um mundo digital, o aluno já não se sente mais motivado a aprender a partir da simples aplicação da teoria. O que engaja o estudante é sair de dentro da sala de aula para resolver problemas do mundo real. Esse protagonismo dá sentido e significado ao aprendizado e pode ajudar a transformar a sociedade” defende Roberto.

 Confira o que já foi feito:

• Troca de lâmpadas fluorescentes por LED:
Foram substituídas 40.619 lâmpadas, o que vai gerar uma economia de 64% na energia consumida por lâmpadas nas escolas. Além da economia gerada pelas lâmpadas de LED, o seu tempo de vida útil é, em média, 3,5 vezes maior.

• Eliminação da descarga de parede (troca por caixa acoplada):
Foram trocadas 2.174 descargas de parede por caixa acoplada. A mudança representa uma economia de 80% na água utilizada nas descargas das unidades.

• Troca de torneiras manuais por automáticas:
Foram substituídas 2.639 torneiras. A mudança significa economia de 67% de água utilizada nas torneiras.

Por Rebeca Costa do Bahia.Jornal